Corpo-território : Práticas artísticas e ativismo indígena
Preocupações sobre disputas do território são basilares para os povos indígenas. No entanto, as perspectivas indígenas sobre a terra como mãe-terra ou pachamama excedem a sua percepção limitada como “recurso natural” ou como propriedade. A partir de Levis (2022) e Jamille Dias (2022) argumento como o conceito de natureza tem sua genealogia na modernidade/ colonialidade buscando discutir seus efeitos persistentes. A noção de corpo-território, por sua vez, expande nossa compreensão sobre o tema, considerando que nem a produção de conhecimento nem a estética são exclusivamente humanos, mas engajam uma rede complexa de relações com não humanos e com o ambiente. Para tal, desenvolvo a noção de corpo-território partindo de dois eixos: de práticas artísticas indígenas, através da produção das artistas kariri Bárbara Matias e Juma Pariri e com base no ativismo e na luta política examinando os materiais das três Marchas das Mulheres Indígenas e como as discussões a partir do corpo-território refletem e propõem soluções para a emergência climática.
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